ATIVIDADE ELETRODÉRMICA
Esse instrumento mensura uma atividade do sistema nervoso periférico, que se divide em simpático e parassimpático. Situações de estresse, emoções intensas e alta demanda cognitiva, por exemplo, geram maior atividade no sistema simpático. Essas alterações envolvem batimentos cardíacos, sudorese, contrações de músculos específicos e dilatação pupilar, chamadas, em conjunto, de medidas periféricas.
Medidas periféricas têm um papel de destaque em estudos de processos afetivos como regulação emocional, empatia a dor, dor social e tomada de decisão, temas muito relevantes para o escopo de estudos deste INCT.
A coleta desses dados tem a vantagem da possibilidade de serem feitas em paralelo à coleta de dados de medidas da atividade do sistema nervoso central, como eletroencefalograma e Espectrografia por Infravermelho, e pode também ser associada a técnicas de neuroestimulação, como estimulação magnética transcraniana e estimulação transcraniana por corrente contínua.
Uma das consequências da ativação do sistema nervoso periférico (além da alteração da frequência cardíaca, por exemplo) é a produção de suor. Por conta de o suor ser composto, dentre outras coisas, por água e sal (solução salina), ele é um meio ótimo para a propagação de corrente elétrica. Quando medimos, portanto, a condutância da pele, estamos medindo a “quantidade” de eletricidade que pode passar pela superfície da nossa pele em um determinado momento. Quanto maior o nível de sudorese, menor a resistência para a corrente e maior a condutância.
Para termos essa medida, fixamos eletrodos sobre a pele, geralmente na palma da mão ou nas pontas dos dedos. Esses eletrodos emitem uma corrente elétrica de pequena voltagem e medem a intensidade de corrente que está passando, que será inversamente proporcional à resistência da pele (Lei de Ohm: Resistência = Voltagem/Intensidade).